sábado, 10 de março de 2012

O Julgamento

Não é fácil, e quem dirá?
Logo eu, de todas as sortes, sou o azar.
Da sombra, da rede, da amancebada tarde
Resolvi, sem alarde, assolar-me ao chão.


Cretino sem páreas, vieste do pó!
A turba retornas, à turba volteias
Que das tuas veias não vingarás a flor.
Aquieta tuas dores na navalha fria
Pois, na melancolia não terás amor

Virás revestida de anseios funestos
Gastei em meus versos toda a sua glória.
Reencontro-te, espero, já noutra vida
Uma sem "ismos", uma sem clero
Só assim, espero, terei minha vitória