O Réu é negro
O Juri é cal
O Juiz é cinza
E a Justiça, sal
A Polícia é amarela
A Imprensa, marrom
O Povo é panela
E o Político, filé mignon
O Passado é regra
O Presente é feio
O Futuro, do pretérito
Tudo isto me entrega
Isto tudo eu receio
Tudo isso, nosso mérito.
sexta-feira, 29 de março de 2013
segunda-feira, 18 de março de 2013
Peccata
"Antes de amarte, amor, nada era mío:
Vacilé por las calles y las cosas:
Nada contaba ni tenía nombre:
El mundo era del aire que esperaba."
Antes de amarte - Pablo Neruda
Embebido em cada manhã
Um desejo
Cor de chá de hortelã
Cheiro de beijo
Um véu a cobrir um rosto
A saudade de quem está perto
Um café com açúcar, com afeto
Das coisas o tato, o gosto
Que senti antes de amar-te?
Que senti?
Que vivi antes de encontrar-te?
Que vivi?
Que perdi de procurar-te?
Me perdi!
Vacilé por las calles y las cosas:
Nada contaba ni tenía nombre:
El mundo era del aire que esperaba."
Antes de amarte - Pablo Neruda
Embebido em cada manhã
Um desejo
Cor de chá de hortelã
Cheiro de beijo
Um véu a cobrir um rosto
A saudade de quem está perto
Um café com açúcar, com afeto
Das coisas o tato, o gosto
Que senti antes de amar-te?
Que senti?
Que vivi antes de encontrar-te?
Que vivi?
Que perdi de procurar-te?
Me perdi!
sábado, 9 de março de 2013
In-verso
Leia de cabo, ponta e rebarba.
Leia de meia, verso e reverso.
Lamba este favo de mel que se acaba,
quando acabardes de ler o inverso.
Leia de meia, verso e reverso.
Lamba este favo de mel que se acaba,
quando acabardes de ler o inverso.
Síntese
Se ao mirar o mundo não enxergo
a formosura de todas as cores
Se em comum só partilhamos dores
o custo de viver, que eu postergo
Se por vez, e mais de uma, dou
o que não tenho para abrir mão
E o que quero me será em vão
Partir adonde? Para onde vou?
A vida se mostra, vez em quando, amarga.
E não lhe nego nas suas vontades.
Me dá tristeza, a minha voz se embarga
Inda há de ver o que é felicidade
estes meus olhos, que trazem a carga
de enxergar em tudo uma bondade.
sábado, 2 de março de 2013
No teu olhar uma vez mais
Ai céus, me vi perdido
no teu olhar uma vez mais.
Ao negro mar, seduzido,
e arremessado a seu cais.
E fui ferido e feri
contra a solidão lutei
quis mais amar e amei
por fenecer, feneci.
E retornei como ópio
que aos sentidos engana
Toquei a lira da chama
de teus olhares carnais.
Ai céus, me vi perdido
no teu olhar uma vez mais.
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