Ó fado, fado meu, que me deixas falar de morte
Ó fado, querido fado, se não fui eu homem de sorte
Quem dera ser meu destino, amar a inocente, a vestal
Adornarás cada verso, destino, que me quer tanto mal
Se debalde amei aquela que me foi puro engano
Me tens agora má fortuna como laço de cigano
O vento anuncia a chuva, o pranto anuncia a dor
Que te move, vida errante, senão o infortúnio amor?
Fado meu, que me foras do silêncio o Grito!
E a morte vem ao longe e pacientemente assisto
Perdoa-me destino sei bem que não és o culpado
Ao dar minha bússola, lhe dei meu Norte, isto sim foi pecado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário