quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Vai, eu fico
Com a sentença de minha validez
A verdade terá me abandonado
E para não parecer desolado
Aos meus lábios o sabor da tua tez
Numa das curvas da estrada
Em algum lugar bem seleto
Terei arrumado um amor revoada
No lugar do meu amor de concreto.
Direi à ela nossos mesmos versos
Farei à ela nossas mesmas juras
A darei uma filha, a que tu não via candura
E a ela o seu nome, desejos controversos
E, ao findar de minha existência
Prestes à me juntar ao éter
Chamarei o teu nome, por incelência
E virá ao meu encontro uma menina
Com o doce encanto de uma criança
Uma menina, que ao olhar em seus olhos
Encherá a menina dos meus de esperança.
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