segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
Quadrata Mortália
A morte e teus traços femininos
Recordou-me quando fui menino
E quis da vida conhecer o além
E fui da vida mais do que ninguém.
Roubou-me o tempo o que me dava a vida
E fui da vida amante passageiro
Pois veio o tempo e passou ligeiro
Levou meus versos, minhas despedidas.
Foste a única a me dar guarida
Acalentou-me com teus braços frios
Minhas memórias foram pelo rio
Apaixonou-me a eterna partida.
Ai, me perdoa se te dei desgosto
Ai, me perdoa que não sou assim
Quis dar-te tudo que há de bom enfim
Meu mel suave não era de teu gosto.
E te dei muito, muito mais de mim
E fui entregue à minha própria sorte
O fardo da vida me roubou a morte
Lhe dei a mão e dancei sem fim.
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