Coração por que fazes versos tolos?
São tuas dores cova rasa ou precipício
Que da pena, que escreves, tira o vício
Ou quem lê os teus versos tem consolo?
Tolo eu, que te dei toda autonomia
Dei-te as rédeas desta alma extraviada
Coube à minha, bruta e tola, mão pesada
Escrever estas bobagens tão sombrias
Coração por que lhe dei rédea tirana?
Se um outro coração de ti se ufana
E te faz amargamente andar sozinho
E porque te fazes sempre de indolente
Fazes a mim também, teu servo obediente
Seguirei, meu coração, o seu caminho
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