Foram flores os tais versos que não disse
Como rosas se despetalando ao vento
Versos pobres, cheios de arrependimento
Versos vãos, detalhando o que não existe
Como o sexo das plantas aflorando
Perfumando nossos ares e dizendo
Eia, atentos pois que dura um momento
E repete-se, silencioso e brando
Vai brotando em meu ser a tal semente
Os teus olhos são dois frutos bem maduros
Brota um rio de nossa pele suave e quente
Deslizando por esguios leitos escuros
Contraindo os nossos corpos de serpente
Um beijo sela nosso amor ardente e puro
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
Laudatio
Fulgurada culpa meu semblante exprime
Culpa esta que o fundo não se alcança
Maldita lâmina a qual cometo este crime
Penetra o peito, fulmina toda a esperança
E quantos "ais" ainda dirão estes meus lábios
Que desconhecem outros lábios traiçoeiros
Dou minha paga, três moedas ao gondoleiro
Vamos cantando estes lamúrios tristes e sábios
Eia! Que a vista, no caminho, já se entreva
Todos os anos se esvaem num segundo
Nenhuma pena vale o que minha mão escreva
Esvaem-se desejos deste peito, mas bem profundo
Pouco a pouco algo muito maior se eleva
Acabar-se em versos, abraçar a dor, beber o mundo!
Culpa esta que o fundo não se alcança
Maldita lâmina a qual cometo este crime
Penetra o peito, fulmina toda a esperança
E quantos "ais" ainda dirão estes meus lábios
Que desconhecem outros lábios traiçoeiros
Dou minha paga, três moedas ao gondoleiro
Vamos cantando estes lamúrios tristes e sábios
Eia! Que a vista, no caminho, já se entreva
Todos os anos se esvaem num segundo
Nenhuma pena vale o que minha mão escreva
Esvaem-se desejos deste peito, mas bem profundo
Pouco a pouco algo muito maior se eleva
Acabar-se em versos, abraçar a dor, beber o mundo!
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