Hei de chover como bálsamo,
quando estiverdes no perpétuo sono
e o calor já nao lhe adornar a pele.
Hei de chover como bálsamo,
quando a morte beijar-te a face
e sua mácula impregnar tua carne
e não serdes mais ele ou ela mas,
isto, e aqui jaz.
Hei de chover como bálsamo,
quando deixardes as preocupações
e o "quo vadis mon amour?" já nao lhe interessar
e teu corpo, ainda cheio de encanto,
não mais te pertencer e por fim
encontrares o conflito entre o ser e estar.
Hei de chover como bálsamo,
já não chorarão por ti os cinamomos
e a resposta não será soprada ao vento
e quem há de contar teus feitos?
tuas glórias, teus amores?
quem irá lembrar de ti? de teu nome?
de teus conceitos coberta de flores?
Hei de chover como bálsamo,
E serei assim reles testemunha de história distinta,
umedecendo o chão, a terra que nutriste quando faminta.
Como bom timbira "da fonte bebi":
Bob dylan - Blowin'n the wind #music
Alphonsus de Guimaraens - http://www.paralerepensar.com.br/a_guimaraes.htm #poem
Gonçalves Dias - http://www.casadobruxo.com.br/poesia/g/ainda.htm #poem
Bernardo Bertoluci - Último tango em Paris #movie
Dicionário da lingua portuguesa - http://www.priberam.pt/DLPO/ #others
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