quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Já não sofro mais por mim

São tantas coisas lindas, são tantas coisas loucas.
São coisas tão belas, tão frágeis e tão poucas.
São pedaços de humanidade espalhados pelo caminho.
Para quando regressarmos já os terem levado os passarinhos.
É!, a serpente estava certa, caminho nesta linha reta sem ter para onde voltar.
Sem chão sob meus pés, só verdades duras, cruéis, e não ter o que falar.
Me empenho no que acho certo, falo de amor com cuidado.
Se me dizem: -"Tá errado" - Quando falo de amar, eu retruco:
- "Quem lhe deu o poder de legislar sobre o que é certo e errado?"
e concluo: - "Sou culpado por querer meu bem maior?"
O destino é poderoso, esperto, melindroso quer me deixar na pior.
E confesso: - Sou ingênuo.
Das suas tramas eu peno, mas não sei, da missa, a reza.
Mas não sou homem mesquinho que qualquer coisa se enfeza.
E se um dia for lhe aviso, te asseguro, o prejuízo, com juros, inda é maior.
Não tenho o dom da palavra, nem sou dono da conversa.
Deixo pra lá o que não presta, pois, não tem nada melhor.
Digo sempre a verdade, doa a quem se interessar.
Pois, se um dia eu faltar com a verdade, um dia ela vai me faltar.
E uma vida sem honra, sem lealdade e sem modéstia,
Só resta habitar na réstia ir ter, na corja, com o seus.
Viver num mundo sem Deus, já basta no que vivemos.
O pó da terra comemos, condenados, mês a mês.
Já não choro meus problemas, já não canto minhas mágoas.
Já não sofro mais por mim, sofro agora por vocês.

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