sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Oh Fortuna

- Já não posso dizer-te do futuro
Me alertaras, naquela noite vadia
- Não importa, meu coração é burro...
E enquanto suspirando você ria
Completei-lhe com um sussurro
...E não te deixarei sequer um dia.

Com a linha do destino não faço meu bordado
A verdade de agora é tão distante, sem abrigo
O teu retorno aguardo em cadafalso desolado
Sem nada dizeres, foges e toda paz leva contigo

E o que dirão aqueles em tão profundo vão?
Nem céu ou inferno, nem verdade ou caminho
Os resta vida detestável, ignotos e sozinhos
Senhora de minha sorte, leva enfim minha razão

Absurdo seria dizer-me são
E negar o que naquela noite eu via
Tuas formas dando forma à escuridão
E teu olhar me servindo moradia


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