
domingo, 25 de setembro de 2011
Última carta ao Amor Lastimado
Te amo.
Foi um erro eu ter deixado
tanto a vida passar.
Ainda sou jovem
mas, já tão velho,
não posso deixar
a amargura me tomar.
Essa distancia, essa saudade,
essa lembrança a me matar.
Quero rever-te, tão logo,
agora, sem demora, agora, já.
Sou tão jovem,
jovem como o vento,
e já vem o tempo
a me desgastar.
Mas o que sinto
é que não tenho tempo,
logo logo, vou me enferrujar.
Não parto desta,
não vou pra outra,
o que digo eu cumpro
você verá...
Mas o que sinto
é que não tenho tempo,
e tao breve vou me esfacelar.
E essa dor no peito?
E essa dor cingindo?
E essa dor tinindo?
Alguém pode explicar?
"Quem inventou o amor?"
se perguntou o poeta,
mas essa dor, na certa,
inda há de me matar.
O que quero, de meus amores,
é nos seus olhos poder olhar,
E talvez, pelos seus olhos,
eu possa me enxergar.
E enxergando a mim mesmo,
afastaria o desprezo
que sinto ao me enxergar.
E essa dor que vai latente,
por final me deixaria,
e eu, ainda descrente, (pudera!)
ainda, mais ainda viveria.
Pois, amor sem esperança,
é como morrer uma criança,
que desperdício seria...
A dor de amor é bem vinda,
dela não posso reclamar.
Já dizia Victor Hugo
"Quero morrer só de amar"
Mas a dor que sinto, ainda,
é bem diferente o tratar...
Não sei se é desprezo,
não sei se é depressão,
ou se é melancolia
ou se é de solidão.
Mas essa dor não passa
e vem como desgraça
a rasgar meu coração.
Para acalmar essa dor,
preciso te ver, relembrar...
Quero rever-te, tão logo,
agora, sem demora, agora, já.
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