segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Escute, entenda
O tudo que me dás é tão pouco
E o pouco que me resta já é nada
O nada pelo nada, esta vida desalmada
Rasgo os céus com meus infernos
Canto desventuras feito louco
Mal por mal, maior é o meu
Que o faço a mim mesmo
Já não vale os pecados teus
Tudo me faz andar à esmo
Das tragédias de uma só vida
São duas, as que mais me afligem
O sim, para que todos se regozijem
O não, que me abre uma ferida
Me deixe só, ó minha querida
E se mantenha como a lua
Em suas fazes que se acentua
A beleza que lhe é acometida
Bem por bem, já não tenho a medida
Se não sei do adverso futuro
Canto com minha voz incompreendida
Se já tens a quem lhe dar o rumo
Vá com fé, não te faças comedida
Quando o sol se extinguir também eu sumo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário