segunda-feira, 8 de abril de 2013

Espero que este exemplo não seja distante demais

Aqui, neste canto, um sonho se desfez
Escondo meus olhos, de engano, que choram
Já raia outro dia meus olhos o ignoram.
E eu que era um, agora sou três
 
Ai, que a saudade me mata outra vez
E, outra vez mais, outonam as lembranças
A vida, quando esfria, encolhe a esperança
E morrem crianças por eu ser freguês.
 
Espero, algum dia, poder compreender
Que tudo se finda e dura um momento
E ainda deseje qualquer sentimento
Apaga-se a lousa e retoma à escrever.
 
E isto te escrevo, à você que agora lê
Te amarei algum dia, mesmo assim, sem saber
Porque amo e esqueço, amo assim, sem valer
Mas esse já não sou eu, este agora é você.

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