sexta-feira, 26 de abril de 2013

Nosce te ipsum

Tua figura se agiganta no horizonte
Teus lábios beijam o anil como a serra
Os teus seios se elevam em dura terra
Vão tuas pernas torneando lindo monte

Vão teus braços ondulando como rios
Tuas mãos enraizando vasta mata
São teus olhos sol e lua intemerata
Teus cabelos vasto e fundo mar sombrio

As muralhas de teus pés guardam segredo
No teu ventre forma um vale silencioso
Te chamei para ver-te, que engano ledo,

Me perdi num vale frio e doloroso
Entre matas, mares, rios e rochedos
Não é de perto que se enxerga o grandioso.

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